Depois de termos viajado bastante pela Europa decidimos que era hora de explorar a Islândia.

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A Islândia é aquele país que mais parece uma geleria que se deslocou do Polo Norte e agora está entre os EUA e a Europa. Fomos em Março de 2014 por 5 dias, voamos com a companhia Islândesa de baixo custo WOW. Chegamos na capital Reykjavík e logo alugamos nosso carro. Estavam nos dizendo que estava tudo ok com a estrada e que não deveriamos nos preocupar com a neve, nevoeiro, e afins durante nosso percurso pela Ring Road.

Uma parte da estrada de Reykjavík a Þingvellir fica entre duas montanhas vulcânicas, por isso as condições não estavam lá como tinham nos garantido. Aos poucos começamos a ver menos, e menos, até não vermos mais nada além de um embaçado branco. Era um nevoeiro e uma ventania enorme que durou suficiente para já entrarmos em um pequeno pânico.  Tinhamos que fazer uma força enorme no volante pra manter o carro na estrada, por vezes, quando virávamos o volante para um lado o carro ia para o outro!

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Depois que passamos esse trecho tudo melhorou, a partir dalí era só nos preocupar com as temperaturas subzero que estava fazendo lá fora!

Fomos conhecer os famosos gêiser (do islandês geysir) lançando águas borbulhantes e vapor para o ar. Apesar de interessante, um cheiro de ovo podre pairava pelo ar. No final da viagem nós meio que nos “acostumamos” com esse cheiro, pois  cada vez que abriamos as torneiras das casas a água quente saia com esse odor. O fato é que a maioria das casas da Islândia recebe água quente bombeada a partir de fontes geotérmicas naturais, daí o cheiro de ovo podre.

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Passamos duas noites na cidadezinha praiana Vik. Com cerca de 300 habitantes, sua praia ficou em 5º lugar na lista de top 10 melhores praias da Europa de acordo com a Lonely Planet de 2015. Realmente alí é um local todo especial. Não deveria estar mais que 3 graus quando fomos explorar a praia de areia preta de basalto. A praia contrasta entre a espuma branca do mar, a areia preta e o resto da praia coberto de neve. Simplesmente mágico!

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Pegamos a estrada novamente, fizemos uma caminhada de meia hora para ver a geleira Skaftafellsjökull, foi a caminha mais dificil da minha vida, o vento era muito forteeeeee, tuudooo saiaaa voandoooooooo. Tive que segurar a touca da jaqueta o tempo todo porque o vento estava entrando pela minha touca da cabeça. Já estava começando a ficar com  dor de cabeça, parecia que o vento entrava pela pele e chegava aos ossos. Passamos um frio danado, e no final não achamos que tivesse valído a pena, pois não conseguimos chegar tão próximo a geleira como tinhamos imaginado.

Chegamos ao ponto mais longe da nossa viagem. Fomos até os lagos de Jökulsárlón, lá vimos focas marinhas se refrescando nos pedaços de gelo que se quebraram das geleiras, coisa mais linda!

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Paramos também para fazer outra caminhada até a geleira de Sólheimajökull. Apesar da última experiencia não ter sido muito bem sucedida, essa caminhada não nos decepcionou, eu acho que o fato de não estar ventando ajudou bastante. Foi incrível estar só nós dois naquela vastidão de neve, absolutamente magnífico. Ao menos tempo que você se sente do tamanho de um floco de neve, também se sente vivo, por estar alí, naquele lugar, vendo aquilo com seus olhos, é simplesmente de arrepiar.

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Voltando pro nosso hostel em Vik, descobrimos que o tempo estava propício para visualizar a AURORA BUREAL. Ficamos indo e vindo de dentro pra fora hostel por conta do frio, estava fazendo -12 essa hora. O céu estava completamente limpo e lindo, cheio de estrelas. Acho que nunca vi tantas estrelas! Ficamos de pé até umas 23:00, mas não vimos nada no céu além das estrelas. Decidimos ir dormir. No dia seguinte conversando com um turísta que ficou de pé até as 3:00, descobrimos que deu pra ver uma mancha esbranquicada no céu, a suposta Via Láctea. Ele nos mostrou algumas fotos, de todas que tirou apenas cinco estavam boas. Nas fotos a mancha era verde, mas ele nos disse que isso seria só o efeito da câmera, na hora os olhos só enxergavam a mancha branca. As fotos estavam lindas, com a combinação das cores e as estrelas. Uma pena a gente ter perdido, mas ficar acordado até a madrugada no subzero são coisas que a gente não vê nas fotografias. Um dia quem sabe a gente chega lá!

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Antes de voltar para a capital decidimos parar na cidade que se tornou especial para nós, Grindavik, onde o Rasto pediu minha mão em casamento! Quando chegamos na porta do nosso hotel havia um recado. Dizia que os donos não estavam no momento, mas que poderiamos entrar e subir até nosso quarto no 8 pois dali a pouco eles voltaríam. O ínusitado recado mereceu uma foto.  A cidade não oferece muito, fomos até o final da península onde fica o farol seguido do mar.

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No dia seguinte dissemos adeu pra Grindavik, e voltamos para a capital Reykjavík, onde retornamos o carro, visitamos os últimos lugares que faltava conhecer, e no dia seguinte a tarde pegamos nosso WOW de volta pra casa pensando UAL, que viagem!

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thais braga

Thais Braga tem 29 anos é nascida em São Paulo mas mora na Inglaterra há quase 9 anos.

Apesar de já ter viajado mais de 55 paises, segue adorando a cultura Nordestina.

Ariano Suassuna é seu escritor favorito.

Atualmente mora na cidade de Aldershot.

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